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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Não tá fácil pra ninguém, eu sei.



Fazendo uma coisa hoje que a muito muito tempo não fazia: traduzindo sentimentos em palavras. Devia estar acostumada já, sempre quando o mar de dentro se mostra agitado, já aviso: ondas fortes navegantes, bandeira vermelha! Antes de transbordar, é hora de escrever. Sempre tive isso, mania de tentar parecer forte e não encomodada com certas situações, besteira menosprezar aquilo que eu sinto, como se os outros fossem mais importantes e sentissem mais verdadeiramente as coisas do que eu, besteira bobeira. Ou apenas, vergonha. Não de demonstrar, mas de parecer b o b a. Falei. É que é dificil falar, mostrar, demonstrar, desmascarar as coisas assim, sem saber a reação das outras pessoas. Um eu te amo precipitado; Você é o melhor amigo do mundo; A melhor mãe do mundo; O melhor pai do mundo; Um irmão como poucos; É difícil falar. Eu S I N T O a tua falta. Eu S I N T O saudade. Dos beijos, do cheiro, dos abraços, da voz, das risadas, das mãos, dos olhos, da boca, até das brigas. Saudade de situações. S A U D A D E! Em letras maiusculas, negrito e sublinhado, com exclamação no final – de intensidade –, e saudade é aquele sentimento que a gente só confessa assim, escancaradamente, pra’quela poça de lagrimas que se forma no travesseiro, antes de dormir. Mas saudade também, acima de tudo, é um olhar pela janela e perceber que a vida segue, vida-louca-vida como diria Cazuza. Sinal de que aquilo que foi vivido valeu a pena, e marcou. Saudade é aquela vontade de querer de volta, de querer por perto, ontem, hoje, amanhã e sempre. Normal é sentir falta daquilo que foi bom, anormal é não sentir nada. Saudade.